Irmãos, não sou contra se fazer
templos para adorarmos a Deus, e com conforto, mas vi em Luanda, milhares de
crentes descalços, e por mais de seis horas, cantando e adorando a Deus, num
calor insuportável. Era um galpão, com bancos para uma parte sentar, e a outra
ficar de pé mesmo.
Lucas 21, começa com a viúva pobre
colocando duas moedinhas para sua contribuição, num templo, em que os
discípulos, comentavam com Jesus como o templo era cheio de pedras lindas e
dádivas dedicadas a Deus.
Jesus nem respondeu ao comentário
da beleza do templo, mas disse: Dias virão em que não ficarão, pedra sobre
pedra.
Se olharmos para história, veremos
que Ele falava de Jerusalém, e seu templo suntuoso, mas se olharmos com visão
espiritual, veremos Jesus dando pouco valor ao luxo, e a grandeza dos templos,
pois disse mais à frente, que nós é que somos o Templo do Espirito Santo.
Muitos dos nossos pastores e
apóstolos e pregadores, se vangloriam de seus templos, grandes e luxuosos, e
dizem que foi Deus que fez tudo. Não creio, que Deus pegue dinheiro sacrificial
do povo, e jogue naquilo que não é transformação de almas, salvação de almas,
ou outras futilidades, que os templos imensos estão repletos.
Veja bem: Quanto mais atividades
dentro de templos confortáveis, e quando mais conforto para um povo, que já
gosta de boa vida, não lê a Bíblia, vive dependendo de alguém que leia para
estes uma vez por semana, mais o povo vai ficar sem sair dos templos.
Não sei a maior parte são templos
perdidos, ou tempos perdidos.
Muitos destes homens, poderiam ser
grandes construtores seculares, arquitetos, engenheiros, e até decoradores,
pois os templos, barram em beleza aos da Igreja Católica, que se esmerou em
impactar o povo com beleza, ouro, luxo e grandeza.
Parece mesmo, que homens gostam de
deixarem suas marcas com obras faraônicas, e construções grandiosas, para
dizerem que foi Deus. Creio, que atualmente, mas oro para o Evangelho melhorar,
que Jesus não entraria na maior parte dos templos, imensos e cheios de membros,
sem alimentos e sedentos por pastos verdejantes. Os bairros, as famílias, as ruas
ao redor, os Estados e Países estariam bem mais honestas, mais idôneos, e
prósperos, pois aonde entra o poder de Deus, entra melhorias e integridade.
Aonde persiste o mal, o pecado, a
avareza, o egoísmo, o falso Evangelho, entra a maldição para muitos, a não ser
que o crente tenha a sua Igreja em casa, para salvar o que está ao seu redor.
Não sou eu, mas Jesus, e a Palavra
pregada por Paulo, Pedro e os grandes homens de Deus, que sempre deram
prioridade primeiramente a Palavra de Deus revelada, para o povo amadurecer a
cada dia que ouve a mensagem.
Seria muito bom, agregar-se templos
bons, mas sem luxo, com a praticidade e a Graça da Palavra de Deus, que mudará
uma família, uma vizinhança, uma rua, um bairro, um Estado e um País inteiro.
Porém, parece que a sede de fama,
de ser conhecido pela grandeza da obra, como quis Davi, e Deus não deixou, é
que conta no atual Evangelho, bem carnal, cheio de pecados, cheios de leis,
cheio de religiosidades, cheio de culpas, condenações, doentes aos montes, e
até se duvida da Salvação de muitos. Inclusive, dos que pregam ou ensinam
alguma coisa a respeito de um Deus, ou deus, que nem existe.
Não perguntem isto a ninguém, pois
grande parte dos homens crentes e sacerdotes, têm na ponta da língua uma boa e
ridícula justificativa para tudo, copiando e sendo discípulo de Adão.
Experimento, boas mensagens de
homens que se debruçam na Palavra, para dar alimento ao povo, mas me vejo, a
mim, e a muitos, de um Grupo de Células em casa, com nomes diferentes de cada
Igreja, algo tremendo para edificação e amadurecimento da nossa fé. E grandes
resultados, que raramente se vê em templos religiosos.
Todos podem falar, podem exercer
seus dons, que Deus não dá somente para um grupinho especial nos palcos e
púlpitos de templos, e a comunhão verdadeira, depois de tudo, que não vemos em
Igrejas.
Não é por acaso, que os crentes no
início de século, se reuniam em casas, e até em cemitérios e locais ermos, sem
luxo, e havia poder e milagres e curas e crescimento na Palavra.
Imitamos direitinho as Sinagogas da
Lei dos Judeus. Não tenho solução para estas coisas, mas sei, e quem não é cego
vê, que este modelo não deu certo no mundo. Grandes escândalos, grandes
riquezas de poucos, grandes somas de dinheiro jogado fora, e poucos frutos.
Um grupo de dez ou doze homens e
mulheres ousadas, e que querem fazer a Vontade de Deus, valem mais do que
milhares de membros, todos os Domingos, durante quarenta anos, cantando, dando
dízimos, ofertas, pregando, fazendo atividades e montando peças para mostrar ao
povo suas habilidades.
Não sei se já chegou o tempo, mas
em vários países, as Igrejas enormes e ricas, ou mesmo algumas que são filiais
destas, estão acabando, e dando lugar a locais aonde se prega e se ensina a
verdadeira Revelação da Palavra de Deus, que cura, salva, transforma, enche de
alegria, e de esperança, o povo de Deus, sedento de águas vivas, e faminto de
pão, não material, mas da Palavra de Deus viva e verdadeira, que satisfaz a alma
do ser humano.
Não entendo, mas agora, um pouco
mais, o porque as pessoas, que pregamos a Palavra, e convidamos para um templo
ou Igreja há mais de quarenta anos, não querem nada com Jesus?
Não existe na Terra, uma única
pessoa que não goste de pão. Pode não gostar de lagosta e de carne, de frutas,
de doces, mas nunca de pão. Jesus é o Pão da Vida.
Porém, o Jesus pregado, e mais
ainda vivido, e mais ainda tendo que comprar tudo na Igreja, com dízimos,
espanta até os crentes, que não vão embora porque não tem lugar para irmos.
Só Jesus tem a Palavra de vida
eterna, nem sempre num templo, mas temos amigos, e irmãos, e temos
obrigatoriamente, como disse Paulo, que congregarmos.
Um Jesus esquisito, infeliz, tosco,
cheio de leis, cheio de religiosidades, cheio de avareza, é lógico que ninguém
gosta. Nem os crentes.
Se nem os discípulos, depois de
andarem anos com Jesus, compreendiam o Amor, a vida abundante, feliz, saudável
e alegre de Jesus, mesmo sabendo que iria para a Cruz, que dirá, homens e
mulheres, que foram ascendidos aos palcos por alguém amigo, ou por si mesmos,
cheias de feridas não curadas, traumas, pecados, vícios, mentes doentes, mentes
carnais, hábitos mundanos, e filosofias orientais e gregas e coisas e tradições
de seus pais, e suas culturas!
Estas, se não tratadas por algum
tempo, jogam feridas, traumas, frustrações, compreensões erradas da Palavra, e
até vícios e pecados sobre o povo de Deus, e ainda se justificam, ou nunca
tocam no assunto.
Altar de adoração, para cantores,
músicos, pregadores, são locais sagrados e santos, e não lugares de experiências,
e qualquer um pode subir para falar o que quiser da Bíblia. Matam mais pessoas
do que as Guerras Mundiais. Tenham certeza disto!
A escolha é tua e minha, de quem
vamos ouvir cantar, pregar, ensinar, e aonde vamos adorar a Deus é questão pura
de uma decisão nossa, para salvar nossas almas, famílias, parentes, amigos,
vizinhos, empregos, profissão, e até Nação. Pura Decisão nossa! Decida, pois
Jesus já fez tudo por nós na Cruz do Calvário.
Maranata Ricardo Rezende