Paulo discursando a respeito da luta contra o pecado, contra
o velho homem, contra o nosso querer agradar a Deus, fala em Rom.7:7-25. “…Quem
me livrará do Corpo desta Morte”. Algo tão terrível, que nunca entendi o que
ele queria dizer até hoje. Deus me deu esta pequena revelação para nossa cura e
libertação do pecado e da força da carne.
Paulo não falava de si mesmo, mas era uma dilação genérica
para todos os que lessem este livro de Romanos, que foi escrito aos Romanos.
Exemplo: “Um palestrante falando sobre multa de trânsito dizendo: “Se eu
ultrapassar o limite de velocidade, quem poderá impedir de eu ser multado?”“.
Seria ilógico, um homem que por duas vezes disse para sermos
seus imitadores, pois ele também era de Cristo; viver no pecado. Cristo não era
pecador.
Rom.5, fala sobre a Lei, que veio para avultar o pecado, mas
onde abundou o pecado, superabundou a Graça.
Rom.6:5 – “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da
sua morte, certamente, o seremos na semelhança da ressurreição, sabendo isto;
que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o Corpo do pecado seja
destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;” Mais a frente diz para
oferecermos nossos membros a Deus, e não membros do seu corpo ao pecado, como
instrumento de iniqüidade. Porque o pecado não terá mais domínio sobre vós;
pois não estais mais debaixo da Lei; e sim da Graça.
Rom.14:23, diz que “tudo o que não provém de fé é pecado”.
Pecado, além de coisas da carne que devemos rejeitar dia a
dia, no seu gênesis da compreensão por Deus é ser “independente de Deus”. Agir
pela alma e gostos e vontades como fizeram Eva, como fez Lúcifer, que pecou por
causa da Soberba.
Fala que a força do pecado é a Lei, apesar dela ser boa, mas
não se consegue cumpri-la pela carne ou alma.
Rom 10:4, diz que o fim da Lei é Cristo para todo aquele que
crê.
E sabemos que para Deus não existe ponto final na vida de
alguém que ainda respira como vimos o ladrão da Cruz e Lázaro. Deus é poderoso.
A palavra corpo no grego significa cadáver. Porém Corpo de
Cristo já é a Igreja, e não é o que estaremos tratando aqui. Paulo estava
escrevendo esta Carta aos Romanos, que tinham por costume a necrofagia. Uma
forma terrível de punir um homicida.
Então entraremos na verdadeira história do Corpo desta Morte
que necessitamos colocá-lo a cada dia na nossa Cruz, pois Jesus já o fez tudo
na Sua há mais de 2000 anos.
Os Romanos atavam o assassinado ao corpo do assassino até
que este caísse, fosse impedido de comer, beber, andar e por fim, os vermes do
corpo do cadáver começasse a destruir o corpo do homicida. Por isto, os romanos
entenderam muito bem as Palavras de Paulo.
Jesus disse: “Aquele que quiser seguir após mim, negue-se a
si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Ou seja, cada um de nós tem uma cruz
diária a ser tomada com a negação de nossos desejos e vontades próprias e pecaminosas.
Jesus na Cruz estava tudo consumado, como Ele clamou ao
morrer, matando o nosso velho homem, a carne e suas paixões. Porém, este velho
homem está sempre querendo se agarrar a nós, para nos destruir por causa do
pecado.
Paulo ainda diz para mortificarmos nós, os nossos membros,
consagrando-os a Deus a cada dia e momento de nossas vidas. É um hábito
espiritual, ajudado por orações e meditação na Palavra de Deus.
Em Rom. 7, Paulo fala da guerra nos membros do homem, que
faz este prisioneiro da lei do pecado que está nos seus membros. E dá Graças a
Deus pela vitória em Jesus Cristo na Cruz.
Portanto, este Corpo da Morte é a carne do velho homem morto
que está a todo instante querendo ser um peso, um jugo, um fardo até a morte do
homem espiritual, se quisermos carregá-lo preso a nós, como os romanos faziam
com os homicidas.
Tomando nossa cruz diariamente e negando a nós mesmos, este
cadáver mal cheiroso do pecado e da morte não pode ficar atado ao nosso corpo
Nascido de novo.
Porém, basta um descuido nosso na área espiritual, e ele
pode nos derrubar, dificultar nosso caminhar, nosso comer, nosso sono, nossa
saúde, nosso viver, e se não for devolvido a Cruz, de onde nunca deveria ter
saído, e o homem pode morrer comido pelos bichos do pecado.
Em Mc. 9:44, Jesus diz que no inferno, o verme não morre. O
perigo da pessoa já morta espiritualmente é ela morrer eternamente sem voltar
para Jesus.
Não existe caso perdido para Deus, nem que a pessoa cheire
mal, depois de tempos já morto pelo pecado e pelo Corpo do Pecado. Jesus é o
Deus da Ressurreição. Basta o homem querer e clamar por Ele. Lázaro foi coisa
pequena para Jesus.
Esta morte tinha ligação com a Lei dos Romanos, com o pecado
de uma morte (homicídio), e com a falta de Jesus para livrar o pecador da culpa
e do castigo.
O cadáver do pecado pertencente ao velho homem crucificado e
assassinado na Cruz não nos pertence mais, e não pode ser nem por um instante
ser um peso para nossas vidas. Livres do pecado, da carne e da força do diabo
em nossas vidas. Temos que optar a cada dia, pois Jesus era radical mesmo: “Quem
crê será salvo, mas quem não crê já está condenado”. A Palavra do crente deve
ser sempre: “Sim sim e não não, pois o que passa disto é de procedência maligna”.
Não prometamos o que não podemos cumprir e nem mintamos ao nosso próximo. O
diabo está à espreita para legalmente nos aborrecer e traz males.
Tivemos esta semana, através de clamores e orações a
revelação de coisas radicais que devemos fazer, de responsabilidades que
estavam nas costas de pessoas erradas na casa por um tempo, de coisas para
mudarmos, jogarmos fora, parar de falar, parar de assistir, e obedecer a
Vontade de Deus. Foi guerra, mas tivemos vitórias, e se não dobrássemos nossos
joelhos em clamores a Deus, nunca Ele consertaria o que estava errado.
Tudo na vida do crente é espiritual, e por esta causa as
derrotas e fracassos constantes se multiplicam no nosso meio. Se o diabo
conseguir derrubar casas e famílias, a Igreja morre sem saber que está
enterrada e já fizeram a missa de sétimo dia.
A opção é diária. “Hoje, se ouvirdes a Sua Voz, não
endureçais o vosso coração”.
Toda omissão, cumplicidade com o pecado e acomodação é um
laço do inferno para o Corpo desta Morte tornar a ser um jugo e uma morte para
o homem de Deus, seja ele ministro, cantor, professor, doutor, teólogo ou
nascido num lar cristão.
Maranata Ricardo Rezende
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