Obstinação Obsessiva Ministerial

Lendo no dicionário e na Bíblia, que a obstinação que levou o povo de Israel a endurecer seus corações, assim como Abimeleque, que deve sua recompensa grave por isto, confirmando o que Paulo fala em Rom.1:28-29, sobre a recompensa pelos seus erros, descobri logicamente que o Espírito Santo está falando a Crentes também.

Obstinação nada mais é do que o endurecimento do coração, como cita Jesus na passagem sobre o Divórcio, “por causa da dureza dos vossos corações”; e Paulo diz, que “se ouvirdes a Sua Voz, Hoje, não endureçais o vosso coração”.

Toda a nossa trajetória na vida como cristão até o Arrebatamento ou morte é sempre “Hoje”, pois “amanhã” você pode largar tudo e entrar na obsessão maligna, que nada mais é do que uma obstinação com a perda do bom Senso.

Bom Senso nos remete a Palavra e as coisas mais faladas na Palavra de Deus; e que não se dá nunca importância na Vida Secular ou Ministerial.

Sabedoria. Talvez uma das Palavras mais escritas por Deus na Bíblia.

Facilmente nos dias atuais, um homem ou sacerdote ou pregador ou profeta pode entrar numa obsessão maligna se encontrar um único prazer e até razão de viver para seus traumas e complexos não resolvidos; num trabalho, num estudo, numa família, num esporte, num correr atrás de riquezas e particularmente num ministério ou Igreja.

Eu já vivi isto por mais de uma vez, quando Deus começou a me usar em Profecias, curas, revelações e escrevendo. Eu queria que todo o dia da vida estivesse num púlpito, que seria meu palco iluminado ou à frente de um computador escrevendo mensagens e artigos.

“Deus tinha que me usar quando eu quisesse, pois eu tinha a força, ou melhor, o dom”.

A única coisa que não tem tempo ou mau tempo ou tempo de Deus é semear a Palavra de Deus. Coisa rara em nossos dias.

Paulo disse: “Pregue a tempo e fora de tempo, sendo oportuno ou inoportuno, corrige, repreenda, exorta com toda longanimidade e doutrina”. II Tim.2:4

Não, no comodismo e no ar-condicionado e nas TVs e mídias gospels, mas no mundo, onde os pecadores estão aguardando até agora a “manifestação dos filhos de Deus”.

Coloque isto na mente saudável:

“Pregação é para pecadores e ímpios, e não para cristãos”.

“Mensagens de ensino, de cura e de alimento espiritual é para cristãos e não para pecadores”.

Jesus, nosso ícone, nunca pregou Salvação para os Discípulos, mas sim para a multidão que encontrava pelo Caminho. Aos Discípulos e crentes, Jesus ensinava e formava Caráter.

Tive algumas desavenças com irmãos na minha ignorância e obstinação, concorrência com outros Profetas, e até deixei coisas importantes de lado.

Como por pouco tempo, por ter uma mulher que me avisou, coloquei minha Intimidade com Deus, minha casa, meu emprego e minha saúde em segundo plano.

Como todas as coisas que fazemos; um dom ou um ministério pode se transformar num ídolo e numa obsessão por esse ídolo. E levar à morte as outras coisas boas que Deus nos deu para sermos Mordomos.

Muita gente “boa” e “mais ou menos famosa” matou lares, empregos, profissões, finanças, estudos, saúde e ministérios por causa de obsessões malignas e aplaudidas por donos de Igrejas e pelo povão.

Um homem que tenha boa eloqüência e conheça alguma coisa da Palavra pode virar um obstinado e um obcecado na vida ministerial e acabar como muitos que conhecemos.

Sem mais nada a dizer ou sem ouvir a Deus e ter a Sua comunhão em primeiro lugar.

Raramente ou mesmo nunca uma pessoa obsessiva e obstinada dá frutos reais para Deus.

Somente para templos e para membros de Igrejas.

As guerras todas que vivi, e que eu assisti em templos evangélicos foram de exclusividade da obsessão por obras, ministérios, dons; e pelo que estes poderiam dar de fama, poder e dinheiro.

Sem contar, é claro, que as pessoas como eu estávamos doentes e críamos que um dom ou um púlpito ou um emprego ou cargo na vida fosse a solução dos problemas complexos de nossos egos.

Tive que parar para ser curado, para ouvir Deus, para conhecer a Deus e para Deus me usar quando Ele quisesse e não quando minha obsessão ordenasse ou alguém me convidasse para fazer algo na Igreja.

Descobri que se Deus quiser te usar, um dia por mês ou por ano, valeria muito mais do que viver em templos com nomes de ministros do Evangelho e com a obsessão de agradar nossos egos e nossos fãs e clientes.

Não fiquem com seus egos feridos pelo que vou escrever:

“Não existe na Bíblia nada que se refira a exclusividade pastoral em se fazer casamentos, Ceias, batismos e velórios e mensagens num púlpito.”

Paulo disse que nem se lembrava das poucas famílias que batizou, pois ele veio, não para batizar, mas pregar a Palavra. Nunca fez um casório.

Jesus, nem no casamento de Caná, Ele realizou o evento, e não batizou ninguém nas águas.

João Batista nunca fez casamentos, Ceias e velórios, mas a sua função de Profeta era batizar pessoas, como fez com Jesus.

Somos os “nascidos de novo”, Sacerdotes do Deus Altíssimo e prontos para fazer ou aprender a fazer quaisquer sacramentos, dogmas e ordenanças da Palavra.

O que é maior na escala de Valores de Jesus:

“Ide e pregai, ou dogmas, ordenanças e sacramentos cristãos?”

Logo, quem é apto para pregai e fazer Discípulos em qualquer lugar está apto para as outras demais coisas.

Não é minha opinião, mas as de Paulo, Jesus e da Bíblia.

Temos ou devemos dar mais importância às coisas que realmente Jesus dá mais importância.

Orem sobre isto e leiam o que Deus escreveu na Sua Palavra:

Ef.2:10 – “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as Boas Obras, as quais Deus preparou de antemão para andássemos nelas”.

Existem boas Obras e muitas más Obras, que são de homens e suas obstinações.

Maranata Ricardo Rezende, Evangelista